É visível em nossa cultura a falta de controle no que tange as receitas e despesas familiares. Em apenas 10 anos passamos de 46 bilhões de reais em crédito concedidos para Pessoa Física para 407 bilhões em 2010, ou seja, um crescimento de 785% segundo Banco Central. A pergunta é se estamos preparados para assumir todo esse potencial de endividamento que já faz com que muitas famílias ultrapassem seus 30% da renda liquida levando muitas pela primeira vez a se tornarem superendividadas.
Estamos preparados para administrar as despesas fixas e os gastos supérfluos contrabalanceando com as receitas? Esta é a pergunta que o brasileiro precisa fazer em suas casas, em suas famílias. Não possuímos por cultura educacional ensinar nas escolas princípios de administração e muito menos somos orientados em nossas casas acerca deste tão importante passo, administrar gastos e receitas de maneira sustentável e harmoniosa.
O número médio de famílias endividadas cresceu 7,5% em 2013 ante 2012, mas o nível de inadimplência permaneceu estável, segundo o estudo Perfil do Endividamento das Famílias Brasileiras em 2013, divulgado há pouco pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na média do ano passado, o total de famílias brasileiras que se declararam endividadas ficou em 62,5%, contra a média de 58,3% verificada em 2012.
O estudo é feito com base na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada mensalmente pela CNC. As dívidas incluem cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. A família que se declara endividada, portanto, pode estar com as contas em dia. De fato, segundo a CNC, os indicadores médios de inadimplência não aumentaram na mesma proporção que o endividamento: o número médio de famílias com contas em atraso variou 0,1%.
Na média de 2012, 21,4% das famílias declararam ter contas em atraso. Em 2013, a média ficou em 21,2%.
No ano de 2013, um número maior de famílias relatou ter dívidas – entre cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro, financiamento de casa, e outros – na comparação com o ano anterior.
Observou-se que o percentual de famílias que relatou possuir dívidas permaneceu em patamar superior ao observado em 2012 durante todo o ano, alcançando seu maior patamar em julho de 2013, 65,2% das famílias, que corresponde ao segundo maior de toda a série histórica da pesquisa, ficando atrás somente do observado em fevereiro de 2011 (65,3%).
Assim como nos anos anteriores, o cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias brasileiras em 2013, por 75,2% das famílias que tinham dívidas. Em segundo lugar, foi o carnê, por 18,7% das famílias, e em terceiro ficou o financiamento de carro, por 12,2%. O perfil de endividamento seguiu a tendência de melhora observada nos anos anteriores, com mais famílias apontando modalidades de menor risco e prazo maiores entre seus principais tipos de dívida. Crédito consignado, financiamento de carro e financiamento de casa foram as modalidades de dívida mais citadas em 2013, em relação a 2012.
Em 2013 o nível de endividamento das famílias brasileiras aumentou. Esse aumento está associado à manutenção de uma tendência de crescimento das concessões de crédito às pessoas físicas, embora em ritmo mais moderado que o observado nos anos anteriores econcentrado em algumas modalidades.
Apesar do aumento do número de famílias endividadas, alguns indicadores da pesquisa apontam uma melhora do perfil de endividamento. O comprometimento médio da renda mensal das famílias com dívidas caiu entre 2012 e 2013. Isso pode ser explicado pelo alongamento dos prazos do crédito. O prazo médio subiu e mais famílias relataram ter comprometimento superior a 12 meses com dívidas. Esse fator permitiu a acomodação de um nível de endividamento maior na renda das famílias, com melhora na percepção em relação às suas dívidas, já que se observou uma queda na parcela que relatou estar muito endividada. Ainda que os indicadores de endividamento tenham apresentado resultados, em geral, mais favoráveis, as altas do custo do crédito nos últimos meses, em termos reais, por meio das elevações das taxas de juros ofertadas pelas instituições financeiras, juntamente a taxas menores de crescimento da renda, tendem a elevar o comprometimento da renda com dívidas, como se observou no último trimestre de 2013.
Por todas estas verdades faz-se necessário o controle financeiro familiar. Disponibilizamos uma planilha para o mesmo. Apesar de simples é extremamente funcional e com certeza em muito o auxiliará para obter um ganho nesta balança receitas e despesas. Compartilhe com seus familiares e amigos e ajude-os a controlarem suas finanças de forma saudável e eficaz assim como você certamente o fará.
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